sábado, 15 de setembro de 2007

Às vezes...

São noites, são dias após as noites e, assim, escorre a vida. E depois daquele dia, depois daquela noite, nada é retomado...absolutamente nada. Porque se foi com eles, a noite e o dia, eles um depois do outro, o que neles vieram, o que neles haviam, o que neles trouxeram...
Às vezes, entristeço. Me dói vê-los ir . Não pela passagem, mas pelo que neles ficaram, permaneceram.
Às vezes queria poder ficar com eles, a noite e o dia, de ontem, do passado.
Apêgo ao tempo, a vida...? Não...saudade do sonho que não se transformou verdade para hoje.
Às vezes, somente às vezes...
E.M

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Porque resolvi escrever...

Sempre fui muito observadora, principalmente das gentes em geral.
Mas observar implica em ver, estar junto, escutar...
Aqui na net precisamos, através das palavras que lemos, antes de acreditar no que lemos, analisar.
A análise é o resultado de uma observação.
Quem analise, quem observa?
Porque fazemos isso? Porque fazer isso com as gentes?
Porque simplesmente não as enxergar como elas são, apenas isso?
Porque avançar-lhes? Porque roubar-lhes o íntimo?
Não sei bem...mas não é apenas para conhecê-las. Mentimos quando afirmamos isso.
Acho que buscamos na observação das gentes encontrar uma igualdade. Mas não a igualdade com o fim do entrosamento, identificação prazerosa.....
Acho que buscamos desesperadamente não ser únicos, solitários exemplares. Acho que imploramos em não ser nada...
É isso.
E.M

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Começando...

São alguns anos que navego pela internet.
Um dos mundos dentre tantos outros existentes.
Encontrei um, outro e mais outros tantos.
Alguns muito iguais. Outros... jamais imaginei existirem gentes como eles.
Alguns marcantes, maravilhosos e encantadores, tanto que passaram para a esfera palpável, real. Estabelecida, então, a amizade, a visitação, o convívio. E depois de tanto tempo, ainda assim se permancem. Me são caros. Eu os amo, sinceramente.
Mas, existem os outros, aqueles que não vieram para a esfera real. Mas, se permanecem, e dia a após dia venho aqui estar com eles, buscá-los, desfrutar deles, me dividir com eles, saber e deixar saber deles e de mim. Preciso deles, quero-os. São do meu mundo, estão nele. Me são caros, tanto quanto aqueles que saltaram daqui para o real.
Mas, neste mundo, surgiram, também, aqueles não arrolados na esfera normal como daqueles acima citados.
Muitos destes, sequer tiveram o rosto revelado através da webcam. Mas, incrivelmente, me exigiram uma viagem interna. A necessidade da revisão, da análise, da reconstrução...Nas suas exposições, questionamentos, inquirições, afirmações, negativas, posicionamentos se foram ou não verdadeiros e sinceros, não sei. Mas, me oportunizaram, com certeza, outros olhos.
Se agiram comigo na busca do seus próprios exercícios de vida, me impuseram, propositalmente ou não, a mudança. Se desta forma abarcaram seus próprios crescimentos, não sei. Eu, com as suas ajudas, cresci. E, talvez, nem saibam disto.
E, foi assim, que decidi postar aqui as Memórias de uma mulher: eu.
E.M